Fitoterápicos, acupuntura, dieta e fisioterapia são aliados no combate à doença
A endometriose, doença que atinge cerca de 15% da mulheres em idade fértil, ainda não tem cura, mas tem tratamento — inclusive sem medicamento. Embora os remédios inibam no ovário a produção do hormônio estrógeno, associado ao desenvolvimento da endometriose, isso às vezes é suficiente. “O tratamento nem sempre funciona porque o estrógeno também é produzido pelo tecido gorduroso, não somente pelo ovário”, afirma o ginecologista Eduardo Schor, professor afiliado e chefe do setor de endometriose da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e pobre em gorduras, favorece o tratamento. Quem tem a doença deve também excluir alimentos industrializados e com alta quantidade de conservantes e hormônios de crescimento para sua produção.
A fitoterapia complementa a terapia clássica. Num estudo da Unifesp e da Universidade Federal do Maranhão, o consumo de um fitoterápico à base da planta unha-de-gato reduziu em 60% as lesões causadas pela endometriose em roedoras. De acordo com Schor, a unha-de-gato parece diminuir o processo inflamatório decorrentes da endometriose na região pélvica. Ainda não sabe, porém, se a unha-de-gato pode auxiliar mulheres com dificuldade para engravidar.
Mudança no estilo de vida é outro segredo para um tratamento de sucesso, uma vez que estudos demonstram a relação entre elevados níveis de stress e endometriose. Para quem se enquadra nesse perfil, o exercício físico é um aliado: ele aumenta a imunidade, promove emagrecimento e gera sensação de bem estar. Ademais, diminui a produção de estrógeno circulante, melhorando os focos de endometriose.
Acupuntura e fisioterapia se somam no combate à enfermidade. A técnica chinesa das agulhas suaviza o stress e a dor. Já a fisioterapia ameniza cólicas menstruais, tensão muscular e fadiga, sintomas da doença. “Os exercícios orientados por um fisioterapeuta podem melhorar a mobilidade pélvica e a percepção corporal, prevenindo as contraturas musculares”, diz Schor.
Fonte: http://revistawomenshealth.abril.com.br/blogs/voce-so-que-melhor/category/saude/
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