Monday, November 19, 2012

Fertilidade Inteligente


Diariamente nos consultórios médicos são prescritos contraceptivos químicos a mulher. Geralmente sua escolha está motivada na alta eficácia para se evitar a gravidez, permitindo a mulher se sentir segura e confortável no cuidado com seu corpo.

Essa decisão quase sempre se dá de forma automática, simplesmente porque  acostumamos com uma mentalidade contraceptiva. O ciclo menstrual foi reduzido a um mal necessário, levando a mulher a uma superficialidade da vivência da sua capacidade reprodutora.

Ao mesmo tempo, acompanhamos a multiplicação de clínicas especializadas em ajudar as mulheres a engravidar, bem como a movimentação de sites, revistas e redes sociais que produzem conteúdo sobre o tema. A incoerência de toda essa realidade, se encontra no fato de que a mulher que anula a sua fertilidade com contraceptivos químicos é a mesma que anos depois une todos os esforços necessários para conseguir engravidar.

Na tentativa de conceber, as funções reprodutoras encontram um novo sentido, o amadurecimento do óvulo, a preparação do útero para abrigar a vida em desenvolvimento, as diferentes fases do ciclo, passam a ser valorizadas. É como se a mulher fizesse as pazes com a sua natureza fértil.

A fertilidade não se reduz ao um único evento fisiológico. O processo de liberação do óvulo é um mecanismo complexo. Um sistema hormonal altamente especializado comandará as alterações no corpo feminino, porém estas modificações não se reduzem aos efeitos físicos e químicos são também comportamentais. Durante o período fértil, a mulher inicialmente perceberá mudanças no seu humor, é um "estar de bem com a vida", a memória, a percepção, o olfato, a disposição mental, e a energia física se intensificam. A auto-estima se eleva, a mulher torna-se mais confiante e segura, é motivada inconscientemente a se cuidar e o modo de se vestir se modifica. O período fértil é um momento de extroversão, de receptividade, de percepção, favorecendo as relações na família, no trabalho, no matrimônio. Ou seja, a fertilidade não é um material de consumo, comprável só no momento da necessidade, que ora se rejeita e ora se aceita.

Apesar de muitas mulheres acreditarem, que a condição fértil seja algo impossível, milhares de mulheres ao redor do mundo tem provado do contrário. Elas aprenderam a administrar a fertilidade, passando da condição de vítimas do próprio corpo, para protagonistas, e esta sim, é a condição da verdadeira saúde reprodutiva.

O Método de Ovulação Billings (MOB), é um método natural para se administrar a fertilidade, longe se ser uma tabelinha ou algo empírico, este permite a mulher reconhecer o sinal natural da fertilidade, o muco cervical, que é produzido pelo corpo no tempo que antecede a ovulação. Este é o sinal mais confiável do período fértil, são 50 anos de pesquisas científicas que o comprovam. O MOB é  99% eficaz para se adiar uma gravidez, e tem otimizado casais a alcançar uma gestação com sucesso.

A fertilidade não é um fragmento desconexo da feminilidade ou um mero processo acidental. Nela está contida a capacidade de ser berço da vida e elo da continuidade da história da humanidade, na mulher a vida é acolhida e nutrida. Um corpo saudável é fértil, e o conhecimento dos processos biológicos resgatam o verdadeiro significado de saúde reprodutiva. Se faz necessário nos tempos atuais, um resgate da estima da fertilidade, já que está é uma aliada da mulher e não uma inimiga.




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